Em uma conversa com o Jornal Estadão, o Deputado Federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP), disse que deseja conversar e criar uma ponte com o movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis), e que apesar deles protestarem contra sua permanência na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Feliciano afirmou que este disposto a colocar em votação projetos de interesse do grupo e disse que já propôs o diálogo com Toni Reis, um dos lideres do movimento LGBT.
Mas segundo o jornal, Toni nega qualquer possibilidade de acordo com o parlamentar evangélico dizendo que “Não somos ingênuos. Não tem como negociar com quem te chama de podre“. O ativista deixou claro que deseja que Feliciano peça desculpas por ‘declarações’ que segundo ele são consideradas homofóbicas e racistas.
Leia abaixo a entrevista de Marco Feliciano ao Estadão.
O apoio que recebe aqui (Convenção da Assembleia de Deus) o motiva a ficar na comissão?
Essa é uma família, que ama. Esse povo aqui só faz o bem para a sociedade. São pessoas como essas que recuperam drogados em suas igrejas, que dão estrutura para a família. É esse povo que eu represento. É esse povo que me elegeu, um povo que você não vai ver metido em nenhum tipo de crime.Ativistas contra sua escolha para a comissão gritam que o sr. não os representa. É verdade?
Eles (ativistas) representam eles. Esse aqui (os evangélicos) é o povo que eu represento.É possível algum diálogo com os contrários à sua permanência na presidência da comissão?
Ontem (quarta-feira) falei com um dos líderes do movimento LGBT, o Toni Reis. Eu falei: Toni, vamos conversar, vamos criar uma ponte, me coloquei à disposição deles. Ele falou que vai pensar em alguma coisa. Tomara que Deus o ilumine.Pauta do grupo de homossexuais será colocada em votação?
A comissão é de direitos humanos e minorias. Colocamos a pauta na mesma hora e o colegiado decide.Como reage a pedidos de aliados para disputar a Presidência?
Não tenho estrutura para isso. Deputado está bom para mim, agora. Quem sabe no futuro…
